Cama de Gato, 2022

Marco XI, Santa Cruz, Rio de Janeiro

“Quando eu era criança, uma de minhas brincadeiras preferidas era cama de gato. Me encantava ver como usando apenas minhas mãos e uma linha, era possível construir muitas formas diferentes que iam se repetindo infinitamente sem nunca deixar de ser possível uma nova trama.

A cama de gato vem sendo praticada há séculos em vários lugares no mundo todo e, para os etnólogos, ainda hoje é um problema explicar por que povos de regiões e culturas tão distintas – como os Maoris da Nova Zelândia, os esquimós do Ártico, os índios norte-americanos e os membros de várias tribos africanas – criam figuras exatamente iguais em suas “cama-de-gato”.

Talvez seja possível se pensar uma memória de um “ brincar” que seja maior que as fronteiras”

Adrianna eu


Artista

Adrianna Eu é carioca mas atualmente mora em São Paulo. Tem como seus temas principais as relações de um “eu” com o tempo, com o espaço que habita, com o outro e, principalmente, com ele mesmo. Adotou como sobrenome o pronome eu, com a intenção de provocar no outro uma sensação de estranhamento e considera isso sua primeira obra. Em sua formação, fez pintura na Escola de Artes Visuais – EAV, cursos livres de filosofia no Museu da República, frequentou grupos de estudos com artistas como Brígida Baltar, e se interessou por psicanálise. Já expôs em diversas instituições nacionais e internacionais. Seus trabalhos integram várias coleções, destacando-se Galeria Real – Amman/Jordânia; Museu Romulo Maiorana e MAR – Museu de Arte do Rio. Adrianna gosta de pensar que é só uma menina nascida em Vila Isabel e que sua trajetória é traçada pelo desejo.

Programação 27 ago

10h | 11h — Cortejo de abertura

→ Cortejo de abertura

O Cortejo de Abertura em Santa Cruz vai ser comandado pelas Mariamas, que sairão da Praça Marco XI até o Ser cidadão.

→ Convidados

Mariamas

A Mariamas é um coletivo de Santa Cruz criado para conservar as aproximações e progredir na mesma harmonia, com o propósito de inclusão. Dialogando com todas as culturas e etnias.

11h | 16h — Oficina de Upcycling – Desenho e Caligrafia

→ Oficina de Upcycling - Desenho e Caligrafia

O upcycling é uma técnica sustentável que propõe o reaproveitamento de objetos variados para a criação de novos objetos. Roupas, artes, itens de decoração e outros materiais podem ser reaproveitados na utilização dessa técnica.

Para o Play, a artista e designer de moda Nath Baliano (@natthbaliano) preparou uma oficina mão na massa, que resgata a escrita à mão a partir da reutilização de materiais com a técnica. Não vai ficar de fora, né?

Reúna as crianças, jovens e adultos para participar dessa e todas as outras atividades no Território Play Zona Oeste, em Santa Cruz. Nosso encontro está marcado a partir das 10h!

→ Convidados

Nath Baliano

É artista viual e figurinista. Une sua experiência na moda com a arte urbana e o resultado são peças para artistas como Dennis DJ, Iza, Oz Crias, Tilia, entre outros que já apostam em seu trabalho para darmais potência à suas performances em clipes e shows.

 

11h | 18h — Instalação sonora

→ Instalação sonora

Instalação sonora criada a partir da pesquisa territorial, de memória e identidade dos territórios onde o festival acontece, incluindo sample e releituras musicais dos últimos anos da região dos 5 territórios por onde o festival vai circular.

→ Convidados

Baixa Santo Sound System

É uma experiência sonora, orquestrada por @phhonorato e @ambulantecultural. A dupla, composta por pesquisadores e produtores musicais que circulam por brechós e sebos das cidades brasileiras, busca pelas pérolas sonoras: fitas K7, discos raros, histórias de territórios e oralidades, onde arte sonora, poesias, cantos, samples, rimas, danças, ritmos regionais, batidas e brinquedos eletrônicos se encontram, em um portal sensorial. Convidam a um mergulho nas ervas sonoras, em nossas raízes mais profundas: nativas, afro, indígenas, periféricas; as artes do povo da rua, dos erês, das florestas, das crianças, das cidades e dos anciãos.

11h | 16h — Live Paint

→ Oficina de Grafite

A live paint com o artista Rodrigo Sini, acontece simultaneamente com uma oficina para crianças, jovens e o público que quiser participar de uma aula prática sobre introdução de desenho e pintura, utilizando as tintas sprays de forma com interação intervencionista trazendo cultura local.
As expressões da Infância Negra é uma forma que o artista tem de eternizar as suas expressões e o sentimentalismo, que fazem lembrar o infantil, e ao mesmo tempo, fazer com que todas as crianças negras tenham orgulho da sua cor, e que possam se ver como espelho contra o Racismo.

→ Convidados

Sinni

O Artista Rodrigo Sini, estará executando durante o festival uma “live paint” e oficina simultaneamente, com as pessoas que estiverem no local e queira ter uma aula simples e prática da introdução de desenho pintura, utilizando as tintas sprays de forma com que ocorra uma interação intervencionista trazendo cultura local.
As expressões da Infância Negra é uma forma que o artista tem de eternizar as suas expressões e o sentimentalismo, que fazem lembrar o infantil, e ao mesmo tempo, fazer com que todas as crianças negras tenham orgulho da sua cor, e que possam se vê como espelho contra o Racismo.

13h | 15h — PRINCIPIDADES

→ Resultado Residência Play Lab

Para o Play, Hudson cria a performance PRINCIPIDADES. Um projeto de espetáculo em formato palestra-perfomance que combina texto, cena e movimento, com base no experimento artístico de 11 princípios-temas civilizatórios afro-brasileiros – Vitalização, Ludicização, Memorialização, Ancestralização, Territorialização, Cooperação, Musicalização, Corporização, Espiritualização e Circularização. O espetáculo propõe um debate acerca desses temas a partir das nossas experiências individuais e coletivas. O espectador é convidado a compreender esses elementos constitutivos da obra artística, a partir de uma reflexão sobre nossas relações com o outro e o mundo que nos cerca.

→ Convidados

Hudson Batista

Hudson Batista é ator e já atuou com projetos nas comunidades da Vila Aliança, Fumace e Vila Vintém. Formado em Pedagogia pela UFRJ, desenvolveu pesquisas nas áreas sobre educação e Teatro Negro. Pós-graduado em Direção Teatral pela CAL e graduando em Artes Cênicas pela PUC-Rio. É Mestrando em Artes Cênicas pela UNIRIO. Em 2018 idealizou e atuou com a Jornada Teatro-Corpo em 17 escolas na periferia do Rio de Janeiro. No mesmo ano dirigiu os espetáculos Nossos Deuses Candidatos e o Auto das Consciências e integrou o elenco de Contos Negreiros do Brasil, com Direção de Fernando Philbert e texto de Marcelino Freire. No mesmo ano participou do FESTU com a cena LAURA e do 3º Festival Moacir Teixeira de Teatro da Zona Oeste, ganhando como melhor texto e melhor ator coadjuvante. Em 2020 foi contemplado com os projetos pela lei Aldir Blanc – Retomada Cultural e Arte Escola.

15h | 16:30h — Como as artes contam a história?

→ Praça de diálogos

Com curadoria de Tathiana Lopes, idealizadora do Play, e cocuradoria de Isabella Rosado Nunes, será realizada uma série de 5 encontros com especialistas, educadores, pesquisadores, artistas e lideranças, para debater temáticas em torno da educação, sob a perspectiva de uma cidade educadora. O encontro propõe debater a cultura como meio de formação e desenvolvimento humano e como processo de produção que integra criatividade, memória e identidade. As escolas e universidades reconhecem e se apropriam da criação gerada por artistas, organizações sociais e culturais, formais e informais? Que possibilidades podemos imaginar para que esse fluxo de criação e informação possa beneficiar diretamente crianças e jovens?

→ Convidados

WG de Rua

WG de Rua (Wanderson Geremias), Coordenador do projeto Cultura na Cesta há 18 anos.
Ex-atleta de basquete.
Professor da Rede Internacional de Basquete Educativo (RIBE).
Campeão Nacional de basquete de rua.
Ex-Superintendente de juventude do estado do RJ.
Em 2022, ganhou o prêmio Ubuntu Representatividade Esportiva.
Integra atualmente o GT de Assistência à Comissão de Igualdade Racial da CAARJ, OAB do
RJ.
Esposo da Vivian e pai da Alana e do Arthur.

Luiz Vaz

Luiz Vaz é morador e ativista cultural da Zona Oeste do Rio, mestre em Memória e Acervos, Professor de Artes, é um dos fundadores do Centro de Teatro do Oprimido RJ e da Casa da Rua do Amor. Atua desde 2020 como gestor da Sala de Encontros, Leitura e Arte – SOLAR da Associação Ser Cidadão.

Elaine Marcelina

Tem 10 livros publicados, dentre eles “Mulheres Incríveis”, “As coisas simples da vida”, pela Editora Nandyala, seu primeiro livro infantil. No final de 2019, lançou a “Série da Marcelina”, com 3 livros. Participou de várias antologias, dentre elas Cadernos Negros, edições: 38, 40, 42 e 43. A Edição nº 42 foi indicada ao Prêmio Jabuti. Ministra o curso “Escrita Criativa: Meu Primeiro Livro” desde 2015, no Rio e em outros estados, incentivando a leitura e a escrita de crianças, jovens e adultos. Este ano lançou “Beata: a menina das águas”, pela Editora Malê. Faz parte do Corpo Editorial da Revista “África e africanidades” e coordena o GT de Literatura Afro-brasileira da mesma Revista. Vencedora do Edital da Lei Aldir Blanc – SMC/Rio, em 2020. O Livro “Beata: a menina das águas”, foi escolhido pela Flipinha, no ano de 2021. Ganhou Menção Honrosa, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 2013.

Edu Carvalho

Edu Carvalho é jornalista com passagens pela Globo e CNN Brasil. Foi colunista da Revista Época e atualmente escreve no UOL Ecoa e é editor-executivo do Maré de Notícias Online.
Autor de Na Curva do S, publicado pela Todavia.

17h | 18h — Oficina de rima e poesia

→ Oficina de rima e poesia

A oficina vai abordar práticas de escrita criativa, da vivência poética do slam, estimulando crianças e jovens a entrar na roda criando suas próprias rimas e poesias.

→ Convidados

Natitude

Natitude é ativista do movimento negro Hip-Hop, lutou em conjunto para a ascensão da Lei 7.837/18 onde tornou o mesmo patrimônio imaterial do Estado, desde 2017 se apresenta no interior dos transportes públicos(trem) onde ganha a vida recitando poesias autorais, já se apresentou em festivais representando o Slam Das Minas RJ, faz intervenções poéticas em escolas pública e particular, institutos, equipamentos culturais.

 

Hugo Mariano, com pseudônimo de Thorment. Residente da Zona Oeste Carioca, desde 2017 participa de batalhas de rimas de todo o Estado.

18h | 19h — Aulão + Apresentação

→ Aulão + Apresentação

A participação do grupo começa com uma roda de conversas, explicando a origem e o crescimento do Passinho, seguida de uma experiência prática, onde onde o público tem acesso às técnicas de passos mais específicas para acompanhar o grupo durante sua apresentação, que contará com 3 músicas novas, que são consideradas chalenge nas redes sociais.

→ Convidados

Oz Crias

É comum ver crianças jovens dançando passinho de funk nas favelas cariocas. A Dança ganhou visibilidade e expandiu para outros espaços nos últimos anos, principalente as redes sociais. Um desses fenômenos da internet é o grupo Oz Crias, formado por moradores da Rocinha, Lins de Vasconcelos e Vila Isabel. A participação de crianças no grupo é uma marca registrada. Pablinho Fantástico morador da Rocinha, Diogo Breguete morador do Lins de Vasconcelos, Yuri morador de Vila Isabel e WB Negão também morador da Rocinha, tem longa trajetória no universo da dança e passinho, e utilizam toda essa experiência para produzir e compor seus hits.

 
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