Boitanga, 2022

Largo do Machado Rio de Janeiro

“Fui atrás da minha infância para pensar nesse trabalho. Então trouxe as grades de janelas para o lugar do brinquedo trepa-trepa, e uma janela redonda, bem grande, passou a ser um gira-gira. Dessa forma, trago uma memória afetiva ligada aos territórios suburbanos, favelados, despertando a fantasia no transformar de janelas, grades, elementos relacionados ao lar, ressignificando-os em arte e brincadeiras.” O Largo do Machado também está presente nesta obra, já foi uma lagoa e depois do seu aterramento, no século XVII foi chamado de Campo das Boitangas, “nome dado pelos negros da Guiné que ali trabalhavam numa plantação. Boitangas, que no dialeto dos africanos significa cobra que enrola, era um ofídio bastante comum nos alagadiços onde os escravizados cultivavam arroz.” A pintura da instalação se inspira na popular cobra coral como uma forma de firmar outras identidades.”

Agrade Camíz


Artista

Artista multimídia, nasceu no Rio de Janeiro em 1988, onde vive e trabalha. Articula seus trabalhos usando a estética da arquitetura popular carioca, mesclando questões relacionadas à sexualidade, à beleza e à opressão feminina. Incorpora grades em muitos trabalhos, elemento que remete a imposições e padronizações do comportamento. A artista, além de produzir obras de diversas dimensões que podem ser exibidas em galerias e museus, também possui um trabalho expressivo como grafiteira e muralista em diversos pontos da cidade.

Programação 06 ago

10h | — Cortejo de abertura

→ Cortejo de abertura

11h | 16h — Oficina de Lambe Lambe

→ Oficina de Lambe Lambe

Convidamos a pensar em diálogo ativo com a cidade a partir da técnica de cartazes urbanos. Desde produzir seu próprio cartaz de forma manual e criativa até coletivamente. O lambe lambe é tornar público um conteúdo crítico, estético, político desde uma cidade que atravessa e por muitas vezes cala. Lambe Lambe pode ser voz, forma e gesto.

O festival convida a artista Calli Nassar para promover uma oficina de Lambes com foco na sua função pedagógica nas artes.
A oficina também conta com lambes personalizados criados para o festival trazendo as frases das crianças entrevistadas nas instituições parceiras do Play, contando suas percepções sobre a cidade e as artes,onde o público será convidado a intervir nas ruas do entorno do Centro Cultural Oi Futuro.

→ Convidados

Calli Nassar

Calli Nassar é artista urbana e arte educadora carioca.
Mestranda na UERJ em arte, sujeito e cidade, reflete sobre intervenção urbana enquanto memória.

11h | 18h — Instalação sonora

→ Instalação sonora

Instalação sonora criada a partir da pesquisa territorial, de memória e identidade dos territórios onde o festival acontece, incluindo sample e releituras musicais dos últimos anos da região da Zona Sul.

→ Convidados

Baixa Santo Sound System

É uma experiência sonora, orquestrada por @phhonorato e @ambulantecultural. A dupla, composta por pesquisadores e produtores musicais que circulam por brechós e sebos das cidades brasileiras, busca pelas pérolas sonoras: fitas K7, discos raros, histórias de territórios e oralidades, onde arte sonora, poesias, cantos, samples, rimas, danças, ritmos regionais, batidas e brinquedos eletrônicos se encontram, em um portal sensorial. Convidam a um mergulho nas ervas sonoras, em nossas raízes mais profundas: nativas, afro, indígenas, periféricas; as artes do povo da rua, dos erês, das florestas, das crianças, das cidades e dos anciãos.

11h | 19h — Exercício para abrir o mar n°1

→ Resutado Residência Artística PlayLab

Todo Rio deságua no mar. A tão admirada orla do Rio de Janeiro é espaço geográfico, criativo, político e ecológico em disputa, onde a terra encontra o mar sobre seu relevo natural ou construído, e recorta a subjetividade de seus habitantes.
O artista propõe em seu trabalho retomar a sensação de entrar em contato com a imensidão do oceano pela primeira vez, para que o público busque se diluir nesse desconhecido e tente abrir o mar que também está dentro.

→ Convidados

Thales Ferreira

Videoartista, ator, bailarino, pesquisador e produtor. Investiga as hibridizações de linguagens a partir da interface do corpo na tela, entre a dança, o cinema e as artes visuais, e suas interseções e alcances diversos. Além de desenvolver trabalhos solo independentes, atualmente é bailarino e diretor audiovisual da Canoa Cia. de Dança e colaborador audiovisual do Espaço Tápias e do Festival Internacional Dança em Trânsito. Foi membro fundador do coletivo Teatro do Olho, performer residente do Laboratório de Criação e Investigação da Cena Contemporânea da UFF, bolsista no Balleteatro do Porto.

11h | 16h — Guerrilha Gráfica Feminista

→ Oficina de serigrafia

Para o Play Festival a oficina voltada para crianças e jovens é parte de uma intervenção artística que vai compor os espaços onde o festival se realiza, nos 5 territórios. As bandeiras coloridas com serigrafia das palavras e temáticas que o festival aborda se misturam as frases já compostas pelo coletivo como uma espécie de intervenção – chamado, com a participação direta do público.

→ Convidados

Vem pra Luta Amada

Vem pra Luta Amada – Guerrilha Gráfica Feminista é um grupo de artistas-ativistas feministas que luta pela igualdade de direitos e autonomia dos corpos. Utilizando linguagem gráfica e dizeres das ruas, para construir paisagens estético-políticas através da reprodução coletiva e de materiais a partir da criação artesanal de telas de serigrafia-estêncil. Entre as ações, o Vem pra Luta Amada imprime materiais gráficos para compor atos e manifestações, realiza intervenções urbanas e organiza atividades de base como oficinas em escolas e praças públicas.

13h | 14h — Contadora de histórias

→ Contação de histórias

“Oi é uma Cobra Coral!” – uma fábula sobre as águas, o Rio de Janeiro e o poder mágico das serpentes e da Cobra Coral.
A artista cria uma história especialmente para o festival, baseada na história da Praça Largo do Machado, e dos elementos que compõem a obra da artista Agrade Camiz.

→ Convidados

Tatiana Henrique

Tatiana Henrique é mãe, atriz, contadora de histórias, diretora, educadora e escritora. Co-autora do livro Propostas pedagógicas para o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira (Outras Letras), e Ei, Mulher!, registro cênico e crítico da performance homônima (Metanoia). Organiza a OBALUFÔNICA, fomentadora de espetáculos, ações educativas e pesquisa artística.

14h | 15h — Roda de conversa com artistas, curadoria, crianças e jovens

→ Roda de conversa

SE ESSA RUA FOSSE MINHA (uma conversa sobre o direito à cidade, o que você faria se pudesse decidir sobre o funcionamento da sua cidade)

15h | 16:30h — Onde está a educação?

→ Praça de diálogos

Este primeiro encontro propõe debater os diversos locais e as diferentes possibilidades, na perspectiva da educação que está em todo lugar, e se constituiu ao longo da vida para crianças e jovens.
Quais os espaços possíveis para a transmissão e a troca de conhecimento que extrapolam os muros da escola? como olhar e considerar culturas, histórias, identidades, as artes e experiências múltiplas resultantes de saberes de diferentes vivências. como perceber e aprender no cotidiano e pelos meios disponíveis em uma comunidade?

→ Convidados

Carla Marques Uller

Carla Uller é gerente executiva do Oi Futuro (Instituto de Inovação e Criatividade da Oi para Impacto Social), sendo diretamente responsável pelos programas de Cultura, Educação e Empreendedorismo Social – que incluem o Centro Cultural Oi Futuro, o Museum – Museu das Comunicações e Humanidades, o Lab Oi Futuro e o NAVE (Núcleo Avançado em Educação).

Luiz Rufino

Pedagogo, professor do Programa de Pós-graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas (PPGECC). Desenvolve pesquisas sobre Educação, Culturas Populares, Diáspora Africana e Crítica ao Colonialismo. Tem 8 livros publicados, entre eles Pedagogia das Encruzilhadas e Vence-Demanda: educação e descolonização.

Itamar Silva

Presidente da Associação Escola Sem Muros – Grupo Eco – Instituição que atua na Favela de Santa Marta desde 1978. Conselheiro do Dicionário de Favelas Marielle Franco (WikiFAVELAS) e da Rede de Observatórios da Segurança – Rio de Janeiro (Cesec). Membro da Equipe da Universidade da Cidadania – UC/UFRJ, Ativista Social, Militante Movimento de Favelas do Rio de Janeiro desde o final dos anos 70.

Pâmela Carvalho [Mediadora]

Educadora, historiadora, gestora cultural, pesquisadora ativista das relações raciais e de gênero e dos direitos de populações de favelas. É mestre em Educação pelo PPGE/UFRJ onde defendeu a dissertação “Eu piso na Matamba”: Epistemologia jongueira e reeducação das relações raciais”. Foi bolsista do Projeto Personagens do Pós Abolição e faz parte do grupo de pesquisa Intelectuais Negras/UFRJ. É coordenadora do eixo “Arte, Cultura, Memórias e Identidades” na Redes de Desenvolvimento da Maré e representa institucionalmente a organização na secretaria executiva do Fórum Permanente pela Igualdade Racial (FOPIR). É fundadora do Quilombo Etu, coletivo que trabalha a cultura popular a partir de uma perspectiva de educação antirracista.

16h | 18h — Oficina Parangolé Sonoro

→ Oficina Parangolé

Uma oficina mão na massa de criação de roupagens, fantasias e acessórios a partir de materiais de uso comum do dia a dia, canudos, copos, sacolas, embalagens, tecidos e com o brilho de leds e/ou objetos que iluminam. Uma alusão a poética dos Parangolés de Hélio Oiticica para criançada se produzir enquanto arte-objeto, discutindo: cor, luz, som, movimento e presença.
Criada pelo eLABorando a oficina inspirada nos vestíveis de Hélio Oiticica propõe uma interação para as crianças se prepararem para o bailão de fechamento com a Orquestra Voadora.

→ Convidados

Parangolé Tech

Uma oficina mão na massa de criação de roupagens, fantasias e acessórios a partir de materiais de uso comum do dia a dia, canudos, copos, sacolas, embalagens, tecidos e com o brilho de leds e/ou objetos que iluminam. Uma alusão a poética dos Parangolés de Hélio Oiticica para criançada se produzirem enquanto arte-objeto, discutindo: cor, luz, som, movimento e presença.
A oficina inspirada nos vestíveis de Hélio Oiticica propõe uma interação para as crianças se prepararem para o bailão de fechamento com a Orquestra Voadora

17h | 18h — Bailão de encerramento do dia

→ Bailão de encerramento

A brass band renovou a cena da música de rua carioca, misturando samba, rock, pop, jazz, afrobeat, funk, frevo, maracatu. A tradicional fanfarra carioca @orquestravoadora vai te desafiar a relaxar e se conectar ainda mais com a zona sul, no Bailão de encerramento da programação do sábado, 6 de agosto.

O térreo do Centro Cultural Oi Futuro vai reunir o clássico do carnaval carioca com a modernidade de expressão das crianças e adolescentes, criando não apenas um bailão delicioso e libertador, mas também inclusivo, inspirador e claro, educacional.

Não fique de fora! Venha pro Centro Cultural Oi Futuro e una-se a esse baile!

→ Convidados

Orquestra Voadora

 
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